sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Estragar com mimos


“Estragam-no/a com mimos!!!”
Não sou nada a favor desta expressão. Não sei se falta aqui um bom entendimento acerca do que é o mimo ou se há um (grande) problema de valores.
As crianças são muito sensíveis a tudo a que se passa à sua volta. São autênticas esponjinhas que absorvem toda a informação, já para não falar de que são o espelho daquilo que as rodeia. Os pequeninos constroem a sua identidade com base naquilo que existe ao seu redor, naquilo que lhes transmitem, e naquilo que os incentivam a ser.
O mimo é demonstração de carinho, é amar, prestar atenção, acarinhar, afeiçoar. Quem não gosta? Quem não precisa? O mimo faz com que as crianças se sintam seguras, ensina-as a amar, sensibiliza-as para a demonstração de afectos, acalma-as. Um beijo de bom dia, uma história para adormecer, um pedido de desculpa, uma partilha, um acordo, uma surpresa, uma palavra, um gesto. O mimo pode traduzir-se nas mais variadas formas e todas elas edificam. Não há maneira de estragar uma criança com mimos. Mimar não é “não educar”. Mimar não é dar roupas de marca. Mimar não é fazer as vontades todas. Mimar não é ceder a todos os caprichos da criança. Mimar é demonstrar. É transmitir à criança que, mais importante do que as 5 vogais, a tabuada ou o canal Panda, é o amor. É mostrarmos uns aos outros o quanto nos amamos. É cuidar. São gestos que tornam as nossas crianças em seres mais sensíveis, meigos, afetuosos, calmos.


Nunca mais digam que o mimo estraga. O que falta na nossa sociedade é mimo. MUIIIIITO MIMO!

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