terça-feira, 26 de setembro de 2017

Palavras mágicas


Palavras mágicas:

Prevenir – Se faz birras sempre que o leva consigo às compras, tem boa solução, não o/a leve. Se o/a tiver mesmo de levar, não se lembre sequer de o/a lembrar que faz sempre birra. “- Ana, vê lá se desta vez não fazes birra, ouviste?” … adivinhe lá o que ela vai fazer a seguir… 

Perceber - Há birras de sono, de fome, de cansaço, de aborrecimento ou simplesmente de fase... Se souber que as birras são uma fase, é importante que não ceda para que não se prolonguem para lá da “fase”. Já sabe, se o vir a fazer algazarra no corredor do Homem-Aranha, ignore e mentalize-se que vai passar. 

Negociar – É preferível chegar a um acordo do que partir logo para a autoridade, pois esta só é viável (embora não recomendada) quando eles ainda são pequenos. Se quer que ele/ela deixe a TV para ir dormir, diga: “Vês até ao fim desse episódio e depois vais para a cama.” Vai ver que resulta muito melhor do que arrancá-lo/a à força do sofá.

Explicar – Normalmente as crianças percebem mais do que aquilo que nós pensamos que elas percebem, perceberam? (ahaha) Não se ponha com grandes discursos para uma criança de dois anos, e claro que saber que tem de ir para casa porque são horas de jantar nem o/a aquece nem arrefece, mas é super hiper mega importante que elas saibam que há sempre uma razão, e que a mãe ou o pai não fazem aquilo só para mostrar que mandam. 

Demonstrar - "AHHHHH NÃO SE BATE NO LEONNE (o cão)." E a Mafalda fica a olhar para mim muito séria. Às vezes, eles não fazem o que deve ser não porque não querem, mas porque não sabem como. “Ahhh não se bate no Leone, faz uma festinha, assim” e mostre. =)

Compadecer-se – O nível de paciência das crianças é muito reduzido. Não experimentem passar uma tarde inteira num café com os seus amigos (ou seja lá quem for), e arrastar a criança consigo. Se (por acaso, mas só por acaso) o fizerem, de vez em quando leve a criança a apanhar ar e ver outras coisas. Nem que sejam as flores de um canteiro qualquer lá da rua. 

Persistir – É fase, é fase mas não caia na tentação de ceder, senão a fase vai prolongar-se até aos 45 anos. Se não há razão para lhe dar aquele brinquedo, ou para o/a deixar ir dormir à casa do/a amiguinho/a, não ceda. É um favor que lhe está a fazer: crianças que se habituam a ter tudo não aprendem a esperar, a resistir à frustração e a domar as suas fúrias.

Afastar-se – Se, por exemplo, estão numa festa de aniversário e a sua Joana já vai na 2ª mordidela que dá na bochecha da Matilde, não lhe dê um sermão. Chegue-se ao “local do crime”, diga-lhe que não se faz porque blablabla (a tal razão) e afaste-a. Provavelmente, vai espernear e chorar. Mantenha-a no seu colo ou perto de si, mas “longe” da festa, e espere que se acalme. Elogie o facto de se ter acalmado e incentive-a a pedir desculpa. Se repetir, faça tudo de novo. Há crianças muito persistentes e teimosas, e temos de ter paciência para que não nos salte a tampa e para que as possamos educar da melhor maneira possível. Depois de passada a tempestade, não recrimine e não fale mais disso. Voltem à brincadeira. 

Ser esperto/a – Às vezes, basta um pouco de imaginação. O Tiago deixou cair a caixa de Legos ao chão. Se disser: “TIAGO MANUEL APANHA-ME JÁ ESSES LEGOS.” Não espere grande esforço da parte dele. Mas experimente: “Vamos ver quem apanha mais Legos do chão.” Vai ver a velocidade a que são arrumados… ahaha

Rir - Se a birra ainda não estalou, mas está mesmo para vir: Se ela está de sobrolho franzido, por exemplo, leve-a a um espelho e diga: "olha lá para a tua cara". Os rapazes são mais concentrados na birra e não costumam achar graça a estas dispersões, mas as meninas, geralmente, desatam a rir. 

A guerra da comida - Não quer comer? Não come. Tão simples como isso. Não o/a habitue a ir à janela ou a ouvir histórias só para que coma. Uma refeição é uma refeição. Se não lhe apetece é porque não precisa, e nenhuma criança com comida na mesa passa fome. Come melhor ao jantar. Mas depois não ande a enchê-lo/a de bolachinhas a tarde toda, não é...

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