Sabes, meu amor, tomei conta, muitas vezes, de bebés assim
pequeninos, como tu. Recordo aquelas mães, de coração em pedaços, a entregar-me
os rebentos no colo, a chorar, eles e elas. Eu pude ver nos seus olhos a mágoa
de terem de os deixar assim, tão frágeis, tão indefesos, mas nunca pude nem imaginar
tamanha desolação. Hoje, olho para ti e sim, eu imagino. Imagino e agradeço,
meu amor, só imaginar. Eu não quero sentir a dor de me ver obrigada a te
entregar noutro colo. A dor de passar um dia inteiro sem te ver nem ouvir, sem
brincar contigo. A dor de te ver crescer ao longe, a dor de não assistir a
tantas conquistas. A dor de ver esses olhos mais vezes fechados do que abertos.
Agradeço todos os dias, poder viver ao teu lado sem
horários nem rotinas massacrantes. Talvez isso vá custar algumas coisas mas,
meu amor, acredita que o melhor já nós temos: uns aos outros e tempo para nos
amarmos sem pressas.
Se podes viver cada minuto, cada segundo com a Matilde aproveita....pois é maravilhosa.
ResponderEliminarBeijinhos tudo de bom pra vocês
Obrigada, Jacinta!
EliminarBeijinhos para todos.