quinta-feira, 12 de outubro de 2017

As regras

As crianças devem estar conscientes de que os adultos não ditam regras porque sim, mas porque estas são necessárias. Para que isso aconteça, quando apresenta uma regra, esta deve vir sempre acompanhada pela explicação. Por exemplo: “- Joana, tens de fazer os trabalhos de casa antes do jantar, porque depois fica tarde e começas a sentir-te cansada e com sono.” Tenha atenção à forma como diz a regra, evite usar o “não”, do género: “-Não podes fazer os trabalhos de casa depois do jantar...” Se reparar, a frase adquire um tom muito mais negativo e opressor.
Algo que também resulta muito bem é deixar que a criança participe na regra: “- Deves fazer os trabalhos de casa antes do jantar…blablabla…mas queres fazê-los mal chegues a casa, ou preferes ver um pouco de televisão antes, ou dar um banho…” A criança vai sentir-se também responsável pela regra e, adorando vestir um pouco o papel de adulta, vai ser muito mais fácil e motivador cumprir a regra.
Quando há regras, devem sempre ser formadas, em paralelo, as consequências de infracção das mesmas. E também aqui deve deixar que a criança participe: “- Que consequência achas que deve ser aplicada? Ficares sem ver televisão ou não poderes levar para a escola nenhum brinquedo durante três dias?” Se reparar no exemplo, deixamos que a criança participe na consequência mas não de um modo totalmente livre. É bom enumerarmos sempre algumas escolhas, afinal, é consequência…e a criança não se pode dar ao luxo de a escolher sozinha. É importante que essas escolhas sejam algo de desagradável para a criança: não adianta dizer à Inês que se acabaram os passeios por uma semana se ela até faz sempre birra para sair de casa. Não se esqueça de algo fundamental: aplique sempre a consequência porque, se vacilar, perdeu a regra!

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