As crianças devem estar conscientes de que os adultos não ditam
regras porque sim, mas porque estas são necessárias. Para que isso aconteça,
quando apresenta uma regra, esta deve vir sempre acompanhada pela explicação.
Por exemplo: “- Joana, tens de fazer os trabalhos de casa antes do jantar,
porque depois fica tarde e começas a sentir-te cansada e com sono.” Tenha
atenção à forma como diz a regra, evite usar o “não”, do género: “-Não podes
fazer os trabalhos de casa depois do jantar...” Se reparar, a frase adquire um
tom muito mais negativo e opressor.
Algo que também resulta muito bem é deixar que a criança
participe na regra: “- Deves fazer os trabalhos de casa antes do
jantar…blablabla…mas queres fazê-los mal chegues a casa, ou preferes ver um
pouco de televisão antes, ou dar um banho…” A criança vai sentir-se também
responsável pela regra e, adorando vestir um pouco o papel de adulta, vai ser
muito mais fácil e motivador cumprir a regra.
Quando há regras, devem sempre ser formadas, em paralelo, as
consequências de infracção das mesmas. E também aqui deve deixar que a criança
participe: “- Que consequência achas que deve ser aplicada? Ficares sem ver
televisão ou não poderes levar para a escola nenhum brinquedo durante três
dias?” Se reparar no exemplo, deixamos que a criança participe na consequência
mas não de um modo totalmente livre. É bom enumerarmos sempre algumas escolhas,
afinal, é consequência…e a criança não se pode dar ao luxo de a escolher
sozinha. É importante que essas escolhas sejam algo de desagradável para a
criança: não adianta dizer à Inês que se acabaram os passeios por uma semana se
ela até faz sempre birra para sair de casa. Não se esqueça de algo fundamental:
aplique sempre a consequência porque, se vacilar, perdeu a regra!
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